De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
eu diria, encantada por Vinicius...
Um comentário:
Uou!
Belíssimo soneto, de verdade.
Fidelidade hoje sem dúvidas, eu diria que é um 'dom'. Aliás, dom mesmo é quem acha alguém fiel.
Parabéns pelo blog.
Boa quinta-feira.
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