terça-feira, 24 de novembro de 2009

A cor dos meus sonhos

Sonhos podem ser coloridos. Ou preto e branco. Ou com efeito, tipo sépia. Meus sonhos assumem diferentes cores. Já sonhei em cor de rosa: era um mundo em vários tons de rosa, porém, menos piegas que o mundo da Barbie. Apesar de ser difícil imaginar o mundo cor de rosa, sem ser da Barbie, o meu não se parecesse com o dela. Geralmente, me sinto meio enjoada depois dessa overdose pink.
Podem ser cinzas, apesar de serem pesadelos. Como quando eu pesadelei(contrário de sonhar) que não conseguia chegar no local do vestibular. Melhor nem lembrar.
Sonhos azuis e amarelo, lembranças daquele período em que era jovem e tinha tempo de caçar borboletas pela grama. Esses são incríveis. Fazem com que eu retorne e reviva perfeitamente momentos únicos da minha vida.
Tem aqueles que são coloridos, tipo a bandeira do movimento gay. Característicos de dias de verão, só de pensar em sonhos nessas cores, já sinto o calor desses dias.
E, ainda tem aqueles sonhos em sépia, ou sonhos dourados. Esses são sobre o futuro, como ele se desdobra a minha frente e as maravilhas que ele pode me trazer.
Todo mundo sonha. Eu sonho muito. Diariamente, eu diria. E como cada sonho tem uma mensagem, cada um tem sua cor, um brilho diferente que só quem sonha pode entender...

domingo, 22 de novembro de 2009

Para Vinicius

Soneto de fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

eu diria, encantada por Vinicius...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O dia em que o Brasil apagou

Eu sei que em todos os lugares possíveis estão pipocando informações e comentários sobre a noite passada, 10/11, na qual boa parte do país passou a noite na escuridão total. Vi pessoas colocando a culpa na administração da represa, da hidrelétrica, dizerem que o governo não investiu o suficiente na infra-estrutura correspondente a demanda de energia necessária no país. As horas no escuro foram um verdadeiro caos.
Quando apagaram as luzes do meu bairro, foi um Deus-nos-acuda. Todo mundo correu pra fechar portas, janelas, principalmente quando uma vizinha gritou que a moça-da-rua-de-trás foi assaltada. Foi uma sensação de total insegurança e falta de informação. Só fui descobrir que o país apagou hoje, as 7 da manhã.
Vendo as imagens na TV, vi pessoas que não tiveram como voltar pra casa por medo ou falta de transporte; gente que foi assaltada, pessoas no hospital desesperadas com seus equipamentos; galera presa no elevador...
Foi quando comecei a pensar. Um país com quase 510 anos de história, que conta com energia elétrica há 130 anos, simplesmente ficou parado, perdido no espaço com a falta 'dela'.
Digo isso por mim, quando acabou a luz, fui dormir, afinal, não podia fazer NADA!
Comecei a pensar, como vivíamos sem energia elétrica? Como poderia haver humanos vivendo no...escuro, escuridão total?!?!?!
Nossa vida está completamente conectada a essa maravilhosa invenção. Não vivo sem ela e tremo ao pensar que, um dia, esses apagões podem se tornar rotina e teremos que nos acostumar a ficar horas a fio sem ela.
Não consigo me imaginar passando noites no escuro, sem meu ventilador me refrescando a minha TV me emburrecendo e meu PC me acompanhando.
Na verdade, prefiro acreditar que o dia em que apagões façam parte do cotidiano seja apenas um pesadelo...