sábado, 25 de abril de 2009

Wally e a minha Felicidade

Pensando em tudo que a gente vê e escuta e pensa, eu me pergunto diariamente: existiria uma felicidade ou seria tudo fruto da sua imaginação? Será possível algum dia dizer que sou plenamente feliz com minha vida/situação financeira e/ou amorosa, tudo está perfeito e eu não mudaria nada nem que me pagassem? Acreditar que se morresse agora, chegaria no céu e diria: fui completamente feliz em minha vida terrena, com o peito cheio de orgulho?
Talvez, durante um porre ou dois, você analise a situação mais friamente e encontre a solução. (Talvez você nem precise beber para isso.) A felicidade não está em Frutal, Campinas ou na China. E, sim, no lugar que eu a deixei da última vez que a vi. De que adianta procurá-la? Correr atrás dela e sentir insatisfeito?
Ela vem naturalmente até você. E vem nos pequenos atos. No conselho que alguém te deu, em uma guerra de travesseiros com seus amigos altas horas da manha, em um mergulho na piscina, em um gole de Absolut, em um abraço apertado, em respirar.
Demora pra gente entender que não adianta procurá-la, ela aparece simplesmente nos momentos que menos acreditamos que poderiam acontecer. E não é porque descobrimos que ela não é um jogo de onde está Wally que vamos parar de procurar o bendito do Wally. Muito pelo contrario, continuaremos. Quem sabe encontremos. Mas, eu diria que a felicidade não é algo que vem de fora pra dentro e sim de dentro pra fora. Não adianta procurar seu Wally. Nem espere que Wally venha bater na sua porta e dizer: “Oi, resolvi aparecer de surpresa. Posso entrar?”.
Apenas faça por merecer. Uma hora, você percebe que Wally estava na sua cara e seus olhos estavam fechados para ele.

domingo, 19 de abril de 2009

Sociedade, coisa e tal...

Freud acreditava que o fim da sociedade seria no momento em que todos, sem exceção, fossem neuróticos.
Marx dizia que chegaríamos em tal ponto que só haveriam ricos e pobres e, então, haveria uma grande revolução liderada pelos pobres.
Weber defendia que toda ação humana era movida pela lógica ou pela relação afetiva.
Durkheim propôs que na sociedade, todos sofremos pressões inconscientes, como, por exemplo, a língua falada que aprendesse pela convivência com pessoas que falam dessa forma.
Grandes pensadores analisara, a sociedade como um todo, seu desenvolvimento e tentaram prever seu futuro. Escreveram grandes livros e deixaram um bom material para discussão ainda. Causaram impacto e incomodaram muita gente com suas conclusões. Mas, será que o ser humano é tão previsível assim?
Cheio de sentimentos, movidos um pouco pela razão e completamente instáveis, parece ser um tanto complicado imaginar o que será de nós. E triste também.
Imagine se Freud estivesse certo e a humanidade estar fadada a neurose?
Apesar de que, às vezes, pareça ser uma possibilidade real, é muito cruel pensar assim.
Não quero acreditar que não tem mais jeito e que meus bisnetos serão pequenos neuróticos lutando contra os ricos.
Nós podemos mudar e ser diferentes. Tudo pode acontecer, somos tão imprevisíveis que não posso me deixar levar acreditando que será isso e ponto final. Sem tirar o mérito de quem estudou tudo isso, longe de mim, seria um pecado mortal; mas prefiro acreditar que ainda há esperança de que, um dia, nossa sociedade viva em harmonia e seja feliz para sempre. Amém.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A rodoviária

Adoro observar as pessoas. Imaginar o que estão sentindo, o que estão pensando, onde estão indo, analisar o que estão vestindo, descobrir quem realmente são.
Todos que por aqui passam estão com pressa. Presa em ir pra casa, para o trabalho, para estudar, para encontrar o amor de suas vidas. Alguns são como eu: estão aqui apenas a esperar, na metade de seu caminho. Cedo pra chegar e tarde para voltar.
Alguns correm, outros caminham lentamente. Há aqueles que passam radiantes e outros andam como se fosse para o matadouro. Tem quem leia revistas cientificas, faça palavras cruzadas ou durma naqueles bancos. Quem coma nas grandes redes de fast-food ou desça até a rua para comer o pastel da esquina por R$0,75.
Professores, doutores, estudantes, donas de casa, pedinte passam por mim. Poucos me reparam. Poucos reparam que o sol já nesceu. Mas todos percebem que o guarda controla a entrada de todos no terminal de embarque.
Sapatos finos, sandalias, rasteirinhas, tênis, chinelos de borracha desfilam pela minha frente como um emaranhado de vidas procurando seu rumo.
Todos têm vida, sonhos, medos, sentem frio, choram, são tão humanos quanto eu. Mas, ao passarem por mim na rodoviária, não passam de esboço de gente.

Se eu fosse você...

Falaria tudo o que tenho vontade. Não esconderia meus sentimentos. Pularia em uma poça d'água. Tomaria um banho de chuva. Daria um sorriso por segundo. Correria livre no campo. Chuparia sorvete no inverno. Jogaria paintball. Abraçaria todo mundo, sem distinção. Não negaria um colo para um amigo que precisasse. Leria toda uma biblioteca. Andaria pelado em Frutal à 0h00. Cantaria no karaokê. Faria alguém feliz. Mudaria minha vida. Abriria uma república. Correria atrás daquele sonho. Daria abraços de urso. Viajaria o mundo. Faria uma tatuagem. Pularia de bungee-jump. Roubaria o pedaço do bolo da mão do aniversariante. Aprenderia a dançar. Passaria o Carnaval em Salvador. Andaria descalça na terra. Acampava na beira do rio. Tomaria um porre por dia. Daria uma festa. Diria 'eu te amo'. Causaria no pico. Doava sangue. Jogaria truco. Comprava um cachorro. Adestrava um mico. Faria cafuné em alguém. Praticaria ioga. Ficaria acordada a noite inteira jogando conversa fora. Veria o sol nascer. Me arriscaria. Não deixaria a peteca cair. Não desistiria. Lutaria até o fim.
Não teria medo de ser FELIZ.
Mas eu não sou você. E então, o que VOCÊ vai fazer?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Inspirações

Tem gente que nasce inspirada. Acorda e diz: vou escrever/pintar/compor/criar! E faz. Eu não. Nunca consegui escrever por escrever. Preciso de inspiração. Não qualquer sopro de ideia, mas algo que me faça questionar, deixe minha mente fervilhando.
Várias coisas já conseguiram isso de mim. Sorrisos, filmes, fotos, cachorros, pessoas felizes, pessoas tristes, sonhos...E sempre que me perguntam o que me faz escrever, eu não sei dizer.
Que tolisse a minha! É óbvio que o que me move a redigir textos incoerentes é a vida. Simples assim. O que me deixa curiosa, que me faz indagar inúmeros porquê's, que me fascina é a vida.
Tão simples, bela e arrebatadora sopra ideias(não tão) brilhantes na minha mente a ponto de me fazer pegar papel e caneta no meio do terminal urbano e dissertar sobre a vida as 6:20 da manhã! Ah! Como é fascinante essa vida lunática!