quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Do tamanho da vida real



Semana passada eu estava fascinada por todas as coisas que vi no São Paulo Fashion Week. Pela internet, é claro. Fiquei um tempão pensando em escrever sobre as tendências, sobre o que as pessoas usavam pelo evento(eu acho mais legal ver o que as modelos usam fora das passarelas do que desfilando). Vi várias peças que eu achei legais, outras coisas que gostaria de ter mas nem sempre me sinto segura pra usar...Enfim, me diverti caçando as novidades nos blogs.

Mas, como toda semana de moda, eu me pergunto: pra quem isso tudo foi feito?
Não sou a pessoa mais entendida do assunto, mas sempre me interessei. Adorava ver os reality-shows de estilistas e modelos, assistia programas sobre o assunto. E sempre existia uma divergência. Nas passarelas e editais de moda, via modelos lindas, esguias, com uma silhueta mais fina que a minha perna direita. As vezes, finas até demais. Aí apareceram as feministas que eram contra essas modelos super magras(sou dessas, acho que mais importante que ser magra, é ser saudável!).Fui dessas feministas que se esforçaram pra que pessoas de carne e osso aparecessem nos desfiles.

A minha primeira grande alegria foi ver que uma modelo plus size ganhou o America's Next Top Model - em um ciclo que eu nao me lembro qual era, mas que eu tb comentei nesse link aqui http://mariiitaca.blogspot.com/2009/09/favor-das-modelos-com-carne-e-osso.html. A menina era super bonita e exibia um corpão no programa, torce pra ela até o fim! Depois apareceram modelos plus size em alguns editoriais e minhas queridas blogueiras começaram a colocar gordinhas em seus lookbooks! Agora, até grandes redes de lojas, com a gringa H&M lançaram linhas fashion de roupas plus size. Sensacional, eram as gordinhas tomando o espaço da moda!

Achei tudo lindo até o dia em que eu quis comprar um short. Nãoo, eu não sou uma modelo plus size. Mas tampouco sou uma vareta esguia desfilando pela avenida das Nações Unidas. Sou normal. Talvez meu quadril fuja um pouco do normal, mas me caracterizo no padrão garota-universitária-19-anos. E qual não foi minha surpresa que simplesmente não existem tamanhos normais de short! Não, eles estão extintos. Primeiro que uma vendedora me deu todos os tamanhos da loja, menos o que serviria em mim! Depois eu me dei conta que eu posso usar tanto 40, 42 e 44. Afinal, parece que meu bumbum não tem um tamanho!

Foi aí que eu percebi que a presença das plus size não queria dizer que a moda seria abrangente a todas, mas que ela continuava a se tratar de extremos. Não estou dizendo que as modelos plus size deveriam ser queimadas em praça pública. Pelo contrário, acho elas sensacionais e adoro editoriais com elas. Mas o que eu gostaria mesmo de dizer é que a moda continua sendo pra poucas. Não vejo gente normal como eu ou minhas amigas da faculdade estrelando campanhas de roupas hit da estação.

Simplesmente não consigo entender porque nós, as grandes compradoras temos que nos ajustar a moda, e não a moda se ajustar a nós. Que existam modelos magras e plus size, mas que exista a modelo baixinha e fofa, a mediana, a garota normal, a super gordinha...

Só pra constar: depois da batalha do short, encontrei modelos que me serviam e ficaram fofinhos! Aliás, até comprei um modelo boyfriend que vestiu suuuuper bem. ;*

4 comentários:

Andre Mansim disse...

Gostei muito da sua postagem, principalmente por saber que agora não sou mais gordo e sim plus size, hahahaha que nome bonito!!!

Parabens pelo blog!

Anônimo disse...

Conheci teu blog sem querer e gostei bastante :) Parabéns pelos posts ;)

Unknown disse...

Uviinha. adoreei. soou a favoor da moda se ajustar a gente. e vivaa as moocinhas noormais!! =D

Thaís Inocêncio disse...

Viva!